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Explosões em Brasília: polícia investiga conteúdo de caixa enterrada perto de trailer com explosivos, diz PF

Segundo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, equipes analisam objeto para verificar se há material explosivo dentro dele. Trailer encontrado pela polícia c...

Explosões em Brasília: polícia investiga conteúdo de caixa enterrada perto de trailer com explosivos, diz PF
Explosões em Brasília: polícia investiga conteúdo de caixa enterrada perto de trailer com explosivos, diz PF (Foto: Reprodução)

Segundo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, equipes analisam objeto para verificar se há material explosivo dentro dele. Trailer encontrado pela polícia com artefatos explosivos e um celular. Reprodução Uma caixa foi encontrada enterrada próxima ao trailer com artefatos explosivos na região da Praça dos Três Poderes, em Brasília, na manhã desta quinta-feira (14). Segundo o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, equipes da PF analisam o objeto para verificar se há material explosivo dentro dele. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. "Encontramos uma caixa agora há pouco. Estamos tomando todas as cautelas. A Esplanada ainda encontra-se parcialmente fechada para que a gente faça essa análise de local. A caixa estava enterrada próxima ao trailer", disse. Ainda segundo Andrei Rodrigues, o trailer foi alugado há alguns meses por Francisco Wanderley Luiz, que morreu após detonar explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na noite de quarta-feira (13). O veículo estava próximo a um outro carro de Francisco, que explodiu próximo ao Anexo IV da Câmara dos Deputados, também na noite de quarta (veja detalhes abaixo). Segundo o irmão de Francisco, Rogério Luiz, ele era solteiro, atuava como chaveiro e tinha dois filhos, de 37 e 38 anos, do primeiro relacionamento. No apartamento alugado de Francisco, em Ceilândia, a 30 km do centro da capital, a Polícia Militar também desativou explosivos (veja vídeo abaixo). Casa do homem que detonou explosivos em frente ao STF é encontrada destruída Nas imagens feitas pela TV Globo no local, é possível ver móveis quebrados, como uma mesa e armários. Um fogão também aparece quebrado, assim como a pia. Parte do forro do teto desabou. No chão, uma maleta guardava o que parece ser um explosivo. Investigação Câmera de segurança do STF mostra momento de explosão na Praça dos Três Poderes Duas explosões foram ouvidas por testemunhas em frente ao STF. Momentos antes, outras explosões aconteceram no carro de Francisco Wanderley Luiz, que estava no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados. O carro está no nome de Francisco Wanderley, segundo o delegado-geral de Santa Catarina Ulisses Gabriel. O boletim de ocorrência da Polícia Civil do DF confirma que ele é a vítima das explosões desta quarta (veja vídeo acima). A PF instaurou inquérito para apurar as duas explosões. O caso é investigado como ato terrorista, segundo informou o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues. O homem tinha residência fixa em Rio do Sul, em Santa Catarina, onde se candidatou a vereador pelo PL em 2020. Conforme apurado pela TV Globo, ele saiu da cidade natal no dia 26 de julho e chegou em Brasília um dia depois. A Inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) identificou que o veículo continuou circulando em Brasília desde então — prioritariamente nas cidades de Ceilândia e Taguatinga. O que se sabe sobre o caso: Por volta das 19h30 desta quarta, um carro explodiu no estacionamento que fica entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados. No porta-malas, havia fogos de artifício e tijolos. O veículo tem placa de Rio do Sul, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. O dono é Francisco Wanderley Luiz, que foi candidato a vereador pelo PL nas eleições municipais de 2020 e não se elegeu (ele teve 98 votos naquela disputa). Segundo a Polícia Civil, ele alugou uma casa em Ceilândia, no Distrito Federal. Cerca de 20 segundos após o episódio no estacionamento, Francisco morreu em uma outra explosão, ocorrida na Praça dos Três Poderes (que fica entre o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto). Antes da explosão em frente ao STF, o homem tentou entrar no prédio. Ele jogou um explosivo embaixo da marquise do edifício, mostrou que tinha artefatos presos ao corpo a um vigilante, deitou-se no chão e acionou um segundo explosivo na nuca. Em um relato à Polícia Civil, um segurança do STF afirmou que o homem estava com uma mochila, de onde tirou uma blusa, alguns artefatos e um extintor. A blusa foi lançada na estátua em frente ao Supremo. Quando o segurança tentou se aproximar, o homem "abriu a camisa" e o segurança viu algo semelhante a um relógio digital, acreditando ser uma bomba. Dois ou três artefatos foram lançados pelo homem e estouraram. Depois, ele se deitou no chão, acendeu o último artefato e colocou na cabeça como um travesseiro. No boletim de ocorrência, também consta que o homem compartilhou mensagens pelo aplicativo WhatsApp que antecipavam o que aconteceu na Praça dos Três Poderes, "manifestando previamente a intenção do autor em praticar o autoextermínio e o atentado a bomba contra pessoas e instituições". O esquadrão antibombas foi ao local para fazer uma varredura e verificar a existência de mais explosivos nos arredores, inclusive em veículos e no corpo do homem que morreu. No momento do incidente, estavam ocorrendo sessões de plenário na Câmara e no Senado, que foram suspensas. A sessão do STF já tinha terminado, e ministros e servidores foram retirados em segurança. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estava mais no Planalto – e não houve ordem para evacuar o prédio. A segurança do palácio vai ser reforçada com integrantes do Exército. Depois do episódio, ele se reuniu com os ministros do STF Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin no Palácio da Alvorada. O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, também foi à residência presidencial. A PF abriu inquérito para apurar as explosões, que será enviado a Alexandre de Moraes. Testemunhas relataram que "o barulho foi muito alto" e que viram "o pessoal correndo". 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